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  • Foto do escritorMaria Carlos Marcelo

Relação do intestino com o sistema nervoso

Atualizado: 5 de jun.




O corpo humano abriga uma grande população de microorganismos, principalmente bactérias, vírus, protozoários e fungos. Juntos, são conhecidos como microbiota. 

A microbiota é um conjunto de microrganismos que atua no sistema digestivo e possui um papel essencial no metabolismo em geral.


Diversos estudos identificam interações multifatoriais que ocorrem entre a microbiota intestinal e o sistema nervoso. Além disso, é possível observar também como o desequilíbrio das bactérias do intestino afetam o sistema imunitário e o sistema nervoso.


Descobriu-se que pacientes com depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia e autismo, apresentam alterações significativas na composição da sua microbiota intestinal.

Fatores de stress e uma dieta com base em alimentos processados e industrializados vão desencadear inflamação e por consequência afetar o sistema imunitário, humor, causar ansiedade, depressão entre outros desequilíbrios.


A microbiota intestinal pode influenciar a função cerebral, é responsável pela produção de grande parte de neurotransmissores (provenientes de fontes proteicas), como serotonina e dopamina. Cerca de 90% dos níveis de serotonina no organismo são produzidos no sistema gastrointestinal.  Estes neurotransmissores são utilizados para regular alguns processos, como aprendizagem, memória, sono e humor.  


No caso da depressão, sabemos que ocorre uma diminuição dos níveis de dopamina, serotonina e noradrenalina. Como nem todos os pacientes respondem à medicação de forma a aumentar os níveis destes neurotransmissores, os pesquisadores tentaram identificar outros fatores que possam fazer com que a depressão persista, tal como o ambiente, as alterações no sistema nervoso autónomo, a neuro-inflamação e a disbiose (desequilíbrio da microbiota intestinal). Concluiu-se que a composição da microbiota nestes pacientes é diferente, com predominância de “bacteroidetes” e “proteobactérias”, em vez de outros componentes benéficos.


A dieta saudável, equilibrada e diversificada tem um papel crucial na composição da microbiota, no reforço do sistema imunitário e na saúde, assim como no contributo de macronutrientes responsáveis pela formação de neutrotransmissores.


Alimentos ricos em fibras, conhecidos como prebióticos alimentam a microbiota benéfica. Em geral, são encontradas grandes quantidades dessas fibras prebióticas em frutas, vegetais, feijões e grãos integrais, como trigo, aveia e cevada. Outra classe de alimentos altamente benéficos é a dos que contêm probióticos, bactérias vivas que são boas para o sistema digestivo e podem melhorar ainda mais a microbiota intestinal. Estes incluem alimentos fermentados, como kefir, iogurte com culturas ativas vivas (bifidus), vegetais em conserva, chá de kombucha, kimchi, miso e chucrute.

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